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Os resultados dos Censos 2001 que são agora disponibilizados reflectem um amplo movimento de co-responsabilização entre os principais parceiros -INE e Autarquias Locais -neste empreendimento que consideramos ter decorrido com assinalável êxito. Gostaríamos de agradecer a toda a população a forma como colaborou com a organização dos Censos 2001; às pessoas que intervieram de uma forma activa, dinamizando a recepção e entrega dos questionários; e mesmo às que nos denunciaram algumas dificuldades, pela oportunidade que nos deram de verificar a consistência dos procedimentos adoptados e aumentar os nossos conhecimentos sobre a forma de resolver contrariedades. Um agradecimento muito especial a todos quantos se envolveram nos trabalhos de campo; esta é uma das fases mais críticas destas operações censitárias e o sucesso dos Censos 2001, que agora é possível perceber, deve-se em grande parte ao seu empenhamento e dedicação.

 

CENSOS 2001 - PRINCIPAIS RESULTADOS PRELIMINARES

Neste início do século XXI:
Somos 10 318 084 residentes
Somos 3 734 056 famílias
Temos 5 036 149 alojamentos
Temos 3 179 534 edifícios

Portugal, na última década, viu crescer a sua população, tanto residente como presente, bem como as famílias, alojamentos e edifícios. Temos, seguramente, mais população e mais habitação, e os maiores crescimentos situam-se na faixa litoral, representada pelas orlas marítimas das 5 regiões do Continente (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve).

Quadro 1
Edifícios, alojamentos, famílias e população residente por NUTS II,
segundo os resultados preliminares dos Censos 2001

Enquanto a população tem um crescimento relativamente moderado (3,7% para a presente e 4,6% para a residente), as famílias e os alojamentos têm crescimentos quase "espectaculares" , 18,5% e 20,1% respectivamente. O crescimento nos edifícios, 11,1%, também confirma o aumento do número de alojamentos por edifício.

Quadro 2
Variação de edifícios, alojamentos, famílias e população residente, 1991-2001

 

A POPULAÇÃO E AS FAMÍLIAS

A População

A população residente em Portugal atingiu, no dealbar do século XXI, a ordem dos 10,3 milhões! Tal significa uma variação positiva de 4,6 % face a 1991 e que, durante o último século, praticamente "dobrámos" a população residente em Portugal.

A tendência da evolução da população residente nos últimos 100 anos revela-se globalmente positiva. De facto, e recorrendo ao gráfico ao lado, que ilustra a evolução da população residente nos últimos 100 anos, verificamos que, excluindo a década de 60 durante a qual os fluxos migratórios para o exterior determinaram uma ligeira quebra da população, as restantes décadas revelam tendências de crescimento ou de estabilização.

Nas últimas três décadas, de acordo com os dados dos recenseamentos de 1981, 1991 e 2001, assistiu-se a uma tendência, primeiro de estabilização e, depois, a uma ligeira subida do efectivo populacional.

A evolução da população residente ao nível regional não é contudo uniforme. Duas regiões perdem população (Madeira e Alentejo), enquanto o Algarve se destaca claramente com um crescimento de 14,8%, seguido do Norte com 6% e de Lisboa e Vale do Tejo com 4,8% (vide quadro 2).

Factores explicativos da variação da população residente

A população de um determinado território só pode aumentar ou diminuir em função de dois saldos: o natural (nascimentos-mortes) e o migratório (imigração-emigração). Uma vez que o saldo natural da década (cerca de 89800 pessoas) é bastante inferior ao crescimento verificado na população residente (cerca de 450900), este crescimento só pode ser explicado por um significativo saldo migratório positivo que se estima em cerca de 361100 pessoas para o total do País.

Os resultados definitivos vão permitir uma análise mais aprofundada do saldo migratório através dos dados sobre o local de residência anterior em dois momentos da década. Mas é claro, desde já, que Portugal passou de um país de emigração para um país de imigração.

Relação de masculinidade

Os resultados preliminares dos Censos 2001 vêm reforçar os valores relativos à relação de masculinidade (rácio homens / mulheres) existente em 1991. De facto, continuamos a ser um país com mais mulheres que homens, apesar desta relação, que em 1991 era de 93 %, ter aumentado para 94 % em 2001: existem, em 2001, 94 homens por cada 100 mulheres.

As famílias

O número de famílias regista um crescimento de 18,5%, relativamente próximo do crescimento dos alojamentos (20,1%), o que pode indiciar que a taxa de alojamentos familiares de residência habitual se deve manter relativamente próxima da de 1991 (73,7%), se o rácio de famílias por alojamento de residência habitual se mantiver idêntico.

Contudo, é praticamente certo que a evolução das famílias caminha no sentido da chamada "atomização familiar", ou seja, o número médio de pessoas por família continua a decrescer em todas as regiões.

Assim, estamos hoje com uma média de 2,8 pessoas por família, onde os "extremos" se situam na Madeira e Açores com 3,3 e no Algarve com 2,5 pessoas por família.

 

Os 5 mais e os 5 menos na variação da população

Nos maiores crescimentos destacam-se dois concelhos do Algarve: Albufeira com 47,6% e S. Brás de Alportel com 33,2%; mas o segundo maior crescimento situa-se em Sintra com 39,3%; Sesimbra e Maia são os restantes concelhos que também fazem parte deste grupo.

Nos maiores decréscimos, o destaque vai para o concelho de S.Vicente, da Madeira, com -20,8%, seguido de perto pelos concelhos de Boticas, Penamacor, Vila Velha de Ródão e Gavião, estes últimos localizados na faixa interior do Continente.

As capitais das duas Áreas Metropolitanas estão a ficar "cercadas"

Como se pode verificar pelos dois cartogramas que se apresentam a seguir, as capitais das duas Áreas Metropolitanas (Lisboa e Porto - em azul mais forte) estão a ficar cada vez mais "cercadas"face ao acumular de população à sua volta e à perda de população que se verifica nos respectivos concelhos.
Enquanto em Lisboa a perda de população é acompanhada por mais dois concelhos vizinhos (Amadora e Barreiro), mas de uma forma bastante menos acentuada, o Porto, a perder população de uma forma significativa, vê crescer todos os concelhos à sua volta.

 

A HABITAÇÃO

Ao longo dos últimos vinte anos tem-se assistido a um crescimento significativo dos alojamentos e dos edifícios o qual, apesar de tudo foi inferior na última década; de facto, os edifícios aumentaram na década de 80 cerca de 14%, enquanto na década de 90 esse crescimento foi de 11%; também os alojamentos cresceram menos nesta última década do que na anterior (20% contra 22%).
O número de alojamentos por edifício tem vindo a crescer; de 1,37 em 1981, passámos para 1,46 em 1991 e para 1,58 em 2001.

O Algarve concentra o maior crescimento de alojamentos verificado nestes censos (vide quadro 2), com 30,2%, seguido do Norte e Lisboa e Vale do Tejo com 25,1% e 18,6%, respectivamente.

 

Os 5 mais e os 5 menos na variação dos alojamentos

Os concelhos que apresentam maiores variações do número de alojamentos têm algumas características em comum com os que têm as maiores variações da população:

- Alguns fazem parte de ambas as listas;
- Os crescimentos situam-se no litoral, enquanto os decréscimos se situam no interior.

Contudo, os valores dos crescimentos dos alojamentos são bastante superiores aos da população. Os 5 mais da população têm um crescimento médio de 36,8%, enquanto os 5 mais dos alojamentos têm um crescimento médio de 54,1%. Os 5 menos da população têm um decréscimo médio de 18,8%, enquanto os 5 menos dos alojamentos têm um decréscimo médio 5,6%.

Os edifícios

De acordo com os resultados preliminares dos Censos 2001, o número de edifícios cresceu 11,1% relativamente a 1991. Este crescimento significa que na última década o território nacional terá sido ocupado por mais 318000 edifícios.

À semelhança dos alojamentos, também os edifícios têm crescimentos em todas as regiões.
O Algarve é a região que mais se destaca neste crescimento, com um acréscimo de 21892 edifícios destinados à habitação, relativamente aos que tinha há dez anos; uma particularidade a assinalar nesta região é a de que todo este crescimento se faz sobre a orla litoral. Três outras regiões, Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Madeira, têm crescimentos superiores a 10%.

No Norte, o acréscimo de edifícios situa-se nos 11,1 %. No Centro o crescimento dos edifícios é menor , sendo a variação de 8,7 %. Em Lisboa e Vale do Tejo este crescimento (11,3 %) superou apenas em 2 décimas o valor da variação nacional.

 

PUBLICAÇÕES DOS RESULTADOS PRELIMINARES DOS CENSOS 2001

Estamos a disponibilizar os resultados preliminares destes recenseamentos na data prevista há mais de dois anos e temos a perspectiva de cumprir também os calendários previstos para a disponibilização dos resultados provisórios (até ao primeiro trimestre de 2002) e definitivos (final de 2002).

Estão a ser impressas as 7 publicações regionais com os resultados preliminares dos Censos 2001.

Cada publicação encontra-se estruturada em duas partes:
- A primeira corresponde ao nível geográfico Portugal contendo os totalizadores nacionais, desagregados por NUTS II;
- A segunda refere-se ao nível geográfico NUTS II, cuja desagregação dos dados se faz a NUTS III, concelho e freguesia.
Os resultados preliminares dos Censos 2001 encontram-se acessíveis até ao nível da subsecção estatística (cerca de 178000 áreas de território em que se dividiu o País, sendo compatíveis com a unidade administrativa de base - a freguesia).


Informa-se ainda que, no próximo dia 26, serão apresentados, em sessões distintas realizadas pelas Direcções Regionais de Estatística do INE, os respectivos resultados preliminares dos Censos 2001, desagregados até Freguesia.

Consulte os resultados preliminares dos Censos 2001 em
http://www2.ine.pt/wsi/prodserv/censos_prelim/censos_prelim.asp

 

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Atualidades


 

As Atualidades são notícias contendo uma leitura da informação estatística produzida pelo INE que é divulgada habitualmente através dos seus “Destaques do INE”.

Os conceitos são explicados recorrendo ao glossário do ALEA e as terminologias e metodologias usados na elaboração desses Destaques são adaptadas ao público alvo do ALEA.