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(As expressões sublinhadas encontram-se explicadas no final do texto.)

 

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EVIDENCIADAS PELOS RESULTADOS PROVISÓRIOS DOS CENSOS 2001

 

Na População

A 12 de Março de 2001 residiam em Portugal 10 355 824 indivíduos, dos quais 4 999 964 eram homens e 5 355 860 eram mulheres.

A distribuição geográfica da população apresenta as maiores densidades populacionais na faixa litoral, situada entre Viana do Castelo e a Pensínsula de Setúbal, com particular destaque para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, bem como nas suas áreas de influência. Este fenómeno repete-se na maioria dos concelhos do litoral algarvio.

Entre os recenseamentos de 1991 e 2001, a população residente total aumentou 5,0%, uma variação bastante superior à verificada na década anterior, ou seja, entre os censos de 1981 e 1991, que não ultrapassou os 0,3%.

O forte envelhecimento da população constitui um dos aspectos mais marcantes da evolução demográfica recente. Em 2001, a proporção de idosos - 65 ou mais anos - recenseados (16,4%) ultrapassou pela primeira vez a dos jovens - 0 aos 14 anos - (16,0%).

De 1981 para 2001, o Índice de Envelhecimento aumentou de 45 para 103 idosos por 100 jovens ou seja, o número de idosos a residir em Portugal ultrapassa o de jovens. Para este rácio contribuiu, sobretudo, a população do sexo feminino, cujo índice foi de 122 idosas por cada 100 mulheres jovens, enquanto que o dos homens se situava nos 84 indivíduos, facto que reflecte a maior longevidade feminina. É nos concelhos do interior do País que existe um maior envelhecimento populacional, ou seja, o número de idosos é superior ao dos jovens.

Densidade populacional, 2001

 

A evolução da população caracteriza-se pela manutenção de baixos níveis de crescimento nas zonas do interior do País, e, em alguns casos, pela perda acentuada de efectivos populacionais. Por outro lado, continua também a verificar-se um maior dinamismo em alguns concelhos, localizados quase exclusivamente no litoral do território. De salientar o crescimento populacional em alguns concelhos do interior que integram centros urbanos de média dimensão.

 

Na Família

Em 2001, cerca de metade da população encontrava-se casada com registo. Os solteiros representavam 37,5%, os viúvos 6,6%, as uniões de facto 3,6%, os divorciados 1,9% e os separados 0,7%.

Da análise evolutiva da variável estado civil entre os Censos de 1991 e 2001, denota-se uma nova atitude perante a conjugalidade, traduzida, por exemplo, nas seguintes constatações:

aumento significativo dos indivíduos em união de facto (casados sem registo), que quase duplicam, passando estes a representar cerca de 7% do total de casados em 2001;
os divorciados mais do que duplicam paralelamente a uma diminuição dos separados em cerca de 33% . Estas duas classes detêm em 2001 2,7% do total da população, quando em 1991 representavam 2,2%.
É também nas NUTS mais a Sul que se detectam as percentagens mais elevadas de divorciados, sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo (2,8%) e no Algarve (2,5%), por contraste com o Norte e a Região Autónoma dos Açores (ambas com 1,4%). Os divorciados concentram-se sobretudo nos grandes centros urbanos.

População residente segundo o estado civil em Portugal, 2001

Em 2001 existiam 3 650 612 famílias clássicas residentes em Portugal, traduzindo um acréscimo de 16,0%, entre 1991 e 2001, variação que duplicou a observada entre 1981 e 1991 (7,6%).

As famílias de maior dimensão têm vindo a perder expressão. As famílias compostas por 5 ou mais pessoas, que em 1981 representavam 25,1% do total de famílias e em 1991 19,8%, são apenas 11,4% em 2001, ou seja, sofreram uma diminuição de 28,6% na última década. Em contraste, as famílias de menor dimensão registaram um aumento na sua proporção. Particular destaque para as famílias unipessoais que cresceram cerca de 45% (29 pontos percentuais acima da taxa de variação do total de famílias) entre 1991 e 2001.

Em 2001, a maior percentagem de famílias (cerca de 31%) eram compostas por 2 pessoas. As proporções das famílias compostas por 1, 3 ou 4 pessoas oscilavam entre os 18% e os 20%.

Distribuição das famílias clássicas residentes, segundo a sua dimensão em Portugal, 1981, 1991 e 2001

As alterações verificadas na composição da família reflectem-se na evolução da dimensão média da família, que tem vindo a diminuir. Em 2001 a dimensão média da família em Portugal era de cerca de 2,8 pessoas por família (valor inferior a 3,1 em 1991 e a 3,4 em 1981). O decréscimo da dimensão média da família é comum a todas as NUTS II, mantendo-se o Norte e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira com valores superiores à dimensão média da família em Portugal.

 

Na Educação

O nível de instrução da população residente aumentou na última década, sendo de assinalar o aumento da população que atingiu o ensino superior (de 4,9% da população em 1991 para 10,6% em 2001) e o ensino secundário (de 8,7% da população em 1991 para 15,4% em 2001); A população que atingiu o ensino superior é, de longe, a que mais cresceu em relação a 1991 (126,9%). Em todas as NUTS II ocorreram fortes aumentos desta população, com valores mais elevados para a população feminina.

A feminização do ensino superior acentuou-se na década de 90, sendo que em 2001 as mulheres representavam mais de metade da população (56%) que tinha atingido este nível de ensino, quando em 1991 e 1981 eram, respectivamente, 49% e 38%.

População residente segundo o nível de ensino atingido em Portugal, 1981, 1991 e 2001

 

No Parque Habitacional

A década de 90 caracteriza-se por uma redução das barracas (-25%), existindo, em 12 de Março de 2001, 12 071 barracas em Portugal, representando 0,24% da totalidade do parque habitacional. Esta redução resulta de uma erradicação de barracas, essencialmente, na Grande Lisboa e Grande Porto, que em conjunto detinham cerca de 75% das barracas em 1991, descendo esse peso para 58% em 2001. Na maioria das restantes NUTS III assistiu-se a um aumento deste tipo de alojamento, embora pouco expressivo em termos de valores absolutos.

Portugal apresentava em 2001, uma cobertura muito próxima da totalidade dos alojamentos em termos de electricidade (99,6%), água (97,4%) e esgotos (96,7%), sendo a cobertura da recolha de resíduos sólidos dos edifícios ligeiramente inferior (90,7%).
Em termos evolutivos denota-se que ao longo da década de 80 se concluiu o processo de electrificação do país, atingindo-se em 1991 uma taxa de cobertura de 97,7%, o que ao nível do abastecimento de água e dos esgotos só acontece na década de 90, atingindo-se em 2001 um nível de cobertura de 97,4% e 96,7%, respectivamente.

Evolução da taxa de cobertura dos alojamentos (electricidade, água e esgotos), Portugal, 1981, 1991 e 2001

 

Para saber mais...

Os XIV Recenseamento Geral da População e IV Recenseamento Geral da Habitação, abreviadamente designados por Censos 2001, foram realizados pelo Instituto Nacional de Estatística com a colaboração das Autarquias Locais e os seus resultados referem-se ao dia 12 de Março de 2001 (momento censitário).Os resultados agora disponibilizados são provisórios, sucedendo aos resultados preliminares, representando uma fase intermédia do tratamento de todos os questionários recolhidos no terreno.

 

Mais informações sobre os Resultados Provisórios dos Censos 2001

 

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