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(As expressões sublinhadas encontram-se explicadas no final do texto)

Portugal, à semelhança de outros países do sul da Europa, viu alterada a sua tradição migratória de uma forma muito profunda. De facto, num passado recente, a realidade migratória portuguesa assentava sobretudo na componente emigratória. Hoje, a emigração, apesar de não ser a componente mais importante dos movimentos migratórios externos, apresenta ainda valores importantes, designadamente em 2002, assistiu-se a uma maior amplitude do seu volume.

Segundo o Inquérito aos Movimentos Migratórios de Saída (IMMS), em Portugal, no ano de 2002 emigraram cerca de 27 mil indivíduos, valor superior em 32,9% ao ano anterior. Os dados do IMMS contemplam tanto os emigrantes permanentes (indivíduos que deixaram o país por um período superior a um ano ) como os temporários (indivíduos que se ausentaram por um período igual ou inferior a um ano) e pode constatar-se que o aumento registado foi, em termos absolutos, muito semelhante.

Tendo ainda por referência estes dois tipos de emigração, a sua distribuição em 2002 foi de 32,2% (emigração permanente) e de 67,8% (emigração temporária); esta última, desde 1993, continua amplamente maioritária.

Emigração Permanente e Temporária: evolução 1992-2002

 

Emigração segundo o País de Destino

À semelhança dos anos anteriores, a França e a Suíça mantêm-se na liderança dos principais países de destino da emigração portuguesa. No ano de 2002 assistiu-se, contudo, ao aparecimento da Espanha como principal país de preferência para os indivíduos que emigraram (o terceiro) e à acentuada perca de importância da Alemanha como país de destino dos emigrantes. O mesmo se verificou, ainda que em menor escala, com o Brasil e com o Luxemburgo – o primeiro reapareceu como país de destino e o segundo perdeu importância relativa.
No seu conjunto, os três principais países de destino dos indivíduos que emigraram em 2002, Suíça, França e Espanha, acolheram cerca de 63% do total da emigração.

 

Emigração Total segundo o País de Destino, 2002

 

Emigração segundo os Grupos Etários dos indivíduos

Em 2002, tal como nos anos precedentes, é nas camadas mais jovens da população que se concentra a maior parte dos emigrantes. Consequentemente, tem-se vindo a registar uma importância crescente da população que se situa no grupo dos zero aos 29 anos. De facto, neste grupo etário concentravam-se cerca de 50% dos emigrantes em 2001 e, em 2002 registou-se um aumento para cerca de 63%.
Esta tendência de rejuvenescimento da população que emigra só se verificou para o escalão etário dos zero aos 29 anos, mantendo-se constante nas idades compreendidas entre os 30 e os 44 anos.

Emigração Total por Grupos Etários, 2002

 

Emigração segundo o Grau de Instrução

Tendo em conta o grau de instrução dos indivíduos que em 2002 emigraram, verificou-se que cerca de 80% tinha concluído o ensino básico (1º, 2º e 3º ciclo).

Emigração por Grau de Instrução, 2002

 

Emigração segundo a Dimensão da Família

Cerca de 58% dos indivíduos que emigraram em 2002 pertenciam a famílias de maior dimensão (4 ou mais elementos) e cerca de 27% provinham de famílias com 3 elementos.

 

 

Para saber mais...

Notas Metodológicas:
O objectivo do Inquérito aos Movimentos Migratórios de Saída (IMMS) é a quantificação e caracterização da população emigrante no ano de 2002. Este é um inquérito por amostragem, efectuado como módulo específico do Inquérito ao Emprego.

Poderás obter mais informações sobre o tema consultando as Estatísticas Demográficas 2002

 

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