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Os Anuários Estatísticos Regionais constituem a publicação de referência na informação estatística à escala regional e municipal, de apoio à leitura das trajetórias regionais de desenvolvimento e ao estudo de problemáticas de base territorial.

São disponibilizados através de sete publicações correspondentes a cada região NUTS II: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira. As publicações estão organizadas em 4 capítulos (O Território, A Atividade Económica, As Pessoas e O Estado) que abrangem 26 subcapítulos relativos às diversas áreas temáticas.

 

EDUCAÇÃO

No ano letivo de 2009/2010, Portugal apresentava uma taxa de retenção e desistência no total do ensino básico de 7,9%. O mesmo indicador calculado só para alunos do 3º ciclo do ensino básico registava um valor de 13,8%. No mesmo sentido, todas as regiões NUTS II registaram, para os alunos a frequentarem o 3º ciclo, uma taxa de retenção e desistência superior ao valor global do ensino básico.

A Região Autónoma da Madeira e a região Norte detinham, respetivamente, o valor mais elevado e o valor mais baixo da taxa de retenção/desistência no ensino básico, quer se considere todos os ciclos do ensino básico ou apenas o ciclo termina.

 
Taxas de retenção/desistência no ensino básico, Portugal e NUTS II, ano letivo 2009/2010

Em Portugal, a taxa de transição/conclusão no ensino secundário situou-se, no ano letivo de 2009/2010, em 80,7%. À semelhança do verificado para o ensino básico, as regiões Norte e Centro apresentavam maior nível de sucesso escolar no ensino secundário. As regiões autónomas e as regiões do Algarve e de Lisboa registavam valores inferiores à média nacional neste indicador.


Taxa de transição/conclusão no ensino secundário, Portugal e NUTS II, 2009/2010

A análise da taxa de transição/conclusão ao nível municipal sugere que os resultados mais favoráveis nas regiões Norte e Centro têm por base disparidades internas, nomeadamente, com os municípios do Litoral da região Norte. Os municípios de São Roque do Pico (58,4%), Povoação (60%) e Lagoa (60,1%), nos Açores, bem como Porto Moniz (64%), na Madeira, registavam as menores taxas de transição/conclusão no ensino secundário


Taxa de transição/conclusão no ensino secundário, por município, ano letivo 2009/2010

CULTURA E DESPORTO

Em 2010, o número de visitantes de museus aumentou cerca de 8% relativamente ao ano anterior, situando-se em 38,4 mil visitantes por museu.

Nas sub-regiões da Grande Lisboa (95 856 visitantes por museu) e do Grande Porto (84 839), este indicador mais do que duplicou o valor médio nacional, seguindo-se o Algarve e a Região Autónoma da Madeira (43 228 e 40 998 visitantes por museu, respetivamente), indiciando o efeito da importância do sector turístico e de capitalidade nos resultados destas regiões.

Visitantes por museu, por NUTS III, 2010

Em 2010, cerca de 8,9% do total de despesas correntes e de capital das câmaras municipais destinavam-se a atividades culturais e de desporto. O Alentejo era a região NUTS II com maior proporção neste indicador (10,9%), seguido do Algarve e da Região Autónoma dos Açores (10,7%), bem como da região Centro (9,7%), completando assim o conjunto de regiões NUTS II que apresentavam proporções acima da média nacional.

A região do Alentejo concentrava o maior número de câmaras municipais com uma proporção de despesa em cultura e desporto superior a 20%, atingindo o valor máximo em Viana do Alentejo (43,9%), seguindo-se Castelo de Vide (32,2%), Montemor-o-Velho (30,9%), Campo Maior (28,5%) e Fronteira (27,1%).

Localizavam-se sobretudo nas regiões Norte e Centro os  municípios em que a parte das despesas totais dedicada a atividades culturais e de desporto era inferior a 5%.

 

MERCADO DE TRABALHO

Em 2010, a população ativa em Portugal ascendia a 5,6 milhões de indivíduos, isto é, a 52,5% da população total. Esta taxa de atividade nacional era superada apenas nas regiões Norte (53,1%) e Centro (56,6%) e nos Açores registava-se a taxa de atividade mais baixa do país (48,2%). Considerando o segmento dos indivíduos jovens (15 a 24 anos), o Algarve (37,9%), o Norte (39,7%) e os Açores (40,3%) apresentavam uma taxa de atividade superior à média nacional (36,7%). O Centro (36,1%), ao contrário do observado para a taxa de atividade total, apresentava uma taxa de atividade inferior à média nacional.

Indicadores do mercado de trabalho (PT=100), por NUTS II, 2010
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No conjunto do país, 16% da população ativa tinha completado um nível de ensino superior. Esta proporção era superada apenas na região de Lisboa (24%), detendo os Açores o menor valor (11%).

No ano de 2010, 10,8% dos indivíduos ativos encontravam-se desempregados. Face à média nacional, a taxa de desemprego foi mais elevada no Algarve (13,4%), no Norte (12,7%), no Alentejo (11,4%) e em Lisboa (11,3%). No mesmo período, mais de metade dos desempregados estavam nessa situação há um ano ou mais (54,3%). A proporção do desemprego de longa duração era mais elevada nas regiões Norte e Centro (57% em ambas).


Indicadores de desemprego (PT=100), por NUTS II, 2010
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Em 2009, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era de 1 034 euros, valor que, em termos sub-regionais era apenas maior nas NUTS III Grande Lisboa, Grande Porto e Alentejo Litoral. Por município, verificava-se que os valores mais elevados eram auferidos sobretudo nos municípios do Litoral, em particular os que são abrangidos pela região de Lisboa: Oeiras (1 692€, valor máximo do país), seguido de Lisboa (1 509€) e Alcochete (1 421€). Outros municípios em que se registavam valores médios elevados no ganho mensal dos trabalhadores por contra de outrem eram: Vila do Porto (1 563€), Sines (1 519€) e Castro Verde (1 325€). Os municípios das sub-regiões do Douro e Tâmega apresentavam os valores mais reduzidos, correspondendo a pouco mais de metade do valor nacional: Mondim de Basto (617€), Freixo de Espada à Cinta (632€) e Sernancelhe (645€).

  

EMPRESAS

Em 2009, existiam em Portugal 1 060 906 empresas que geraram um volume de negócios de 335,9 mil milhões de euros; ou seja: em média, cada empresa gerou cerca de 316,6 mil euros. Este valor médio representou um decréscimo de 5,8% face a 2008.

A análise territorial permite observar uma distinção entre os valores elevados gerados nos municípios do litoral do Continente, num contínuo entre Viana do Castelo e a Península de Setúbal, e menores resultados por empresa sedeada nos municípios do Alentejo, do Algarve e do interior das restantes regiões NUTS II. Os valores médios mais elevados de volume de negócios por empresa registaram-se nos municípios de Oliveira de Frades, Oeiras, Alcanena, Lisboa e Azambuja, todos com valores acima dos 800 mil euros.


Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, por município, 2009
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Volume de negócios por empresa, por município, 2009
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Das cerca de 3,7 milhões de pessoas ao serviço das empresas sedeadas em Portugal, 8,0% estavam empregadas em empresas de capital maioritariamente estrangeiro.

As empresas sedeadas na Grande Lisboa registavam a maior proporção média do país (16,6%), por oposição às sub-regiões do interior da região Norte (Alto Trás-os-Montes, Douro e Tâmega) e da região Centro (Serra da Estrela e Beira Interior Sul), onde as empresas de capital maioritariamente estrangeiro não empregavam mais do que 2% do total de pessoal ao serviço das empresas aí sedeadas.

 

Para saber mais...

Síntese Metodológica:
Os "Anuários Estatísticos Regionais", cuja divulgação se iniciou na primeira metade da década de 90, constituem a publicação de referência na disponibilização de informação estatística à escala regional e municipal, de apoio à leitura das trajetórias de desenvolvimento regional e ao estudo de problemáticas de base territorial.
A publicação encontra-se organizada em 26 subcapítulos agrupados em quatro grandes capítulos: O Território, As Pessoas, A Atividade Económica e O Estado. No início de cada subcapítulo, é apresentado um conjunto de indicadores de síntese, visando permitir uma comparação mais imediata do posicionamento das diferentes unidades territoriais no contexto dos fenómenos retratados. Dado que a informação disponibilizada nos Anuários Estatísticos Regionais decorre de um vasto leque de operações estatísticas e fontes administrativas, o período de referência não é homogéneo ao longo de toda a publicação. Contudo, o âmbito temporal é fundamentalmente referente a 2009 e 2010.

Fonte:
INE (2010), informação disponível no respectivo Destaque.

Publicação estatística:
Poderá aceder às várias publicações dos Anuários Regionais em formato pdf no site do INE, opção “Publicações”, Tema “Multitemas”. Por exemplo, o Anuário da Região Norte está disponível aqui. Quadros estatísticos acessíveis em Banco de Dados do INE. Conceitos acessíveis no Glossário do ALEA.

 

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