Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional confirmam que há uma retoma da procura do ensino superior. Nos cursos mais disputados, só metade dos alunos conseguiram lugar.
No concurso nacional de acesso deste ano, o subsistema universitário continua a ser o mais concorrido, absorvendo quase dois terços dos estudantes. No entanto, em termos proporcionais, são os institutos politécnicos que registam um crescimento superior, vendo entrar mais 16,7% de estudantes face ao ano anterior.
As colocações agora conhecidas confirmam o cenário de recuperação que já tinha ficado evidente durante a fase de candidaturas, que terminou há um mês. Foram aceites no concurso 48.271 candidatos – 285 processos foram excluídos por não reunirem as condições exigidas – o que corresponde a um aumento de quase 14% face ao ano anterior.
Os resultados da 1.ª fase dos exames nacionais demonstraram algumas melhorias, sobretudo a Matemática, onde a média de 12 valores corresponde a um dos melhores resultados em 20 anos nas provas desta disciplina. A Português, a média também se manteve positiva.
As melhores notas colocaram mais estudantes em condições de se candidatarem ao ensino superior e também fizeram subir as médias dos melhores alunos, o que resultou num concurso mais competitivo. Nos 10 cursos com notas de acesso mais altas, só um ficou abaixo dos 18 valores. Há um ano havia apenas três cursos em que era necessário mais de 18 para entrar. Na generalidade das formações mais concorridas, a nota de acesso subiu este ano, a começar por aquele que continua a ser o curso com acesso mais difícil, Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, onde a nota do último colocado aumentou de 18,27 (numa escala que vai até 20) para 18,67. |
Vagas colocadas por tipo de ensino e vagas sobrantes
Número de vagas e números de colocados no ensino universitário e no ensino politécnico.
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Os dez cursos com nota mais alta em 2015
Nos 10 cursos com notas de acesso mais altas, só um ficou abaixo dos 18 valores.
Percentagem de colocados por opção
O número dos que conseguiram entrar numa das três primeiras opções escolhidas no boletim de candidatura (84,4%) recuou 3,6 pontos percentuais. Quando se olha para o número de alunos que conseguiu entrar na sua primeira opção, os números são ainda mais evidentes: apenas 50,5% tiveram lugar no curso favorito. Há um ano, 54% tinham-no conseguido e, em 2013, dois terços dos alunos entraram na 1.ª opção.
Consultar mais informação:
Jornal Público
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/nao-entravam-tantos-no-superior-desde-2011-mas-o-concurso-foi-mais-dificil-1706959
Resultados do acesso ao ensino superior
http://www.dges.mctes.pt/coloc/2015/cna15_1f_resultados.ods
Direção-Geral do Ensino Superior
http://www.dges.mctes.pt/DGES/pt