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Índice | III. Probabilidade | V. Exercícios

IV. Modelos de Probabilidade discretos e contínuos

Parte 20 de 78

Modelos de probabilidade discretos

Exemplo (Graça Martins et al, 2003):
De acordo com o Censos 2001, a distribuição do número de pessoas por agregado familiar é a seguinte:


Dimensão agregado

1

2

3

4

5

6

7

8

9

≥10

Nº agregados

631762

1036312

918735

718492

226234

76714

25390

9563

4074

348

Um Censo é uma sondagem em que toda a População é inquirida, tornando possível obter um modelo exacto da sua distribuição. Neste caso, a partir da tabela anterior construímos o seguinte modelo de probabilidade para a variável aleatória X, que representa o número de pessoas que constituem um agregado familiar, escolhido ao acaso, de entre os agregados familiares portugueses:


X=i

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

P(X=i)

0.1732

0.2841

0.2519

0.1970

0.0620

0.0210

0.0070

0.0026

0.0011

0.0001


O modelo só não traduz completamente a realidade porque substituímos todos os valores ≥10, que a variável assumia, pelo ponto 10, uma vez que o número de casos em que a dimensão do agregado é superior a 10 é muito pequeno e tem pouco significado. Assim, achámos razoável considerar o modelo anterior, já que convém não esquecer que o que se procura é um modelo que seja útil e que traduza tão fielmente quanto possível, a realidade.
 

 

Agora, a partir da tabela anterior, podemos calcular a dimensão média dos agregados familiares portugueses, obtendo-se o valor aproximado de 2.8 pessoas por agregado familiar. Esta informação é bastante importante para os empresários que se dedicam à construção civil. Efectivamente o investimento em casas com muitas assoalhadas não se justifica, já que a grande parte dos agregados familiares é constituída pelo casal e um filho.