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Em menos de 50 anos deu-se uma enorme quebra na fecundidade.
Em 1960, cada mulher portuguesa tinha em média 3,1 filhos, hoje tem 1,36 crianças. Por outro lado, as mulheres são mães cada vez mais tardiamente.
Em 1996, a idade média ao nascimento do primeiro filho era de 25,8 anos, em 2006, subiu para 28,1. Sem inversão da taxa de natalidade e com a esperança de vida a aumentar, o país envelhece.
Em dez anos, entre 1996 e 2006, o índice de envelhecimento saltou de 89,2 para 111,7 e o índice de dependência total está quase nos 50%, ou seja, por cada 100 pessoas activas, há 48,6 a cargo.
Trabalho a duplicar
Continua a ser para as mulheres um quebra-cabeças diário conciliar a carreira profissional com a gestão familiar. Sendo certo que em média gastam menos uma hora no emprego, estão depois mais horas em trabalho doméstico e em cuidados à família.
Um inquérito do Instituto Nacional de Estatística, de 1999, aponta para uma média de cinco horas de trabalho diário não remunerado, ao passo que os homens gastam 1h54.
Em 2001, apenas 4734 fizeram uso da licença parental.
Em 2005, o número foi quase multiplicado por oito: 32 945 pais - de um total de 109 399 - ficaram 15 dias em casa a cuidar do bebé. Também em 2005, a licença de paternidade de cinco dias teve 43 395 utilizadores.
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