REFEIÇÕES ESCOLARES: o que se come nas escolas | |
(...) Em muitas das 25 mil escolas onde se lecciona o 1º ciclo, milhares de crianças entre os 6 e os 10 anos não têm direito a refeição. Isto porque, nesta fase, a gestão da alimentação cabe às autarquias, sendo que nada as obriga a fornecer almoços. Já nas escolas do 2.° e 3.° ciclos, o problema não é a falta, mas, sim, a qualidade da comida. |
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A ausência do almoço nas escolas primárias torna-se grave, já que esta é a refeição em que a criança deve comer melhor: 40% do total energético, face aos 20% de manhã, 10% à tarde e 30% à noite. |
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«Desde 1976 que nos batemos contra esta situação escandalosa», afirma Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP). «Para muitas crianças, o almoço na escola seria a oportunidade de terem uma refeição decente por dia». O responsável da CONFAP estima que apenas 30% das escolas do primeiro ciclo sirvam comida aos alunos. O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, disse à VISÃO que a falta de alimentação nas escolas deste ciclo «tem consequências profundas e negativas», dado que «acentua a desigualdade das condições de aprendizagem entre crianças de meios sociais diferentes». Na sexta-feira, 7, o Ministério da Educação divulgou finalmente que comparticipará um programa de fornecimento de refeições às antigas escolas primárias.
Segundo um outro estudo do SPRC, em Julho de 2001, em 422 escolas da Zona Centro, cada autarquia despendia – em alimentação, limpeza, aquecimento e material pedagógico –, em média, pouco mais de 13 euros/ano por aluno. Cerca de um euro por mês. |
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